3 passos para trabalhar e alcançar a autoaceitação

3 passos para trabalhar e alcançar a autoaceitação

Heloísa Capelas
Postado por: Heloísa Capelas
20 de Out - 2017
Vida e Comportamento
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3 passos para trabalhar e alcançar a autoaceitação
Olá! Recentemente, recebemos, em uma das turmas do Processo Hoffman, um aluno cujo perfil era muito interessante. Gerente de uma grande companhia brasileira, era bastante reconhec [...]

Recentemente, recebemos, em uma das turmas do Processo Hoffman, um aluno cujo perfil era muito interessante. Gerente de uma grande companhia brasileira, era bastante reconhecido pelo mercado na sua área. Casado, com filhos, levava uma vida confortável e aparentemente feliz. Tinha um bom grupo de amigos e uma boa relação com a família. Mas, contava ele, algo não ia bem há algum tempo…

 

Ele se sentia frustrado, desmotivado, deprimido e ansioso, mas não sabia, ao certo, o que vinha lhe causando todas essas emoções.

 

Veio ao Processo Hoffman por indicação (e insistência!) de um grande amigo. Mas estava muito ressabiado com o treinamento. Chegou a nos dizer, com todas as letras, que achava que “aquilo” não era para ele.

 

Estou há mais de 35 anos à frente deste treinamento no Brasil e perdi as contas de quantas pessoas entraram na minha sala de aula com essa mesma postura. A verdade é que, infelizmente, nós, enquanto sociedade, ainda não estamos abertos como deveríamos à proposta principal do Processo Hoffman: fortalecer, a partir do Autoconhecimento, todo o nosso amor-próprio e a nossa autoaceitação.

 

Agora que lhe contei essa história, a minha pergunta é: será que, de alguma forma, assim como este rapaz, você também tem experimentado sensações e emoções negativas sem saber exatamente o porquê?

 

Se sim, então, a minha segunda pergunta é: e se eu lhe dissesse que o caminho, a saída, a maneira de reverter esse jogo é trabalhar a sua autoaceitação? Quais as chances de você abandonar essa leitura só porque esse papo “não é para você”?

 

Este é um ponto essencial para que possamos falar de autoaceitação. Afinal, enquanto ficamos presos a esse paradigma cruel da perfeição, tudo o que nos resta é fracasso e frustração.

 

1) Autoaceitação requer quebrar o paradigma da perfeição

 

Eu imagino que você já tenha ouvido isso, mas preciso reiterar: via de regra, todos nós estamos nos cobrando demais, mais do que somos capazes de alcançar. Temos nos dedicado à exaustão a alcançar objetivos impossíveis. Queremos ser 100% saudáveis, os melhores pais do mundo, os profissionais mais dedicados da empresa, os filhos e irmãos mais atenciosos e disponíveis – e, de sobra, encontrar tempo para estudar mais, ler o livro sobre o qual todos estão falando e assistir ao seriado imperdível da moda.

 

Você percebe qual é o erro nessa conta? Consegue entender por que é que são metas impossíveis?

 

Por um simples motivo: todas elas partem do pressuposto de que conseguiremos alcançar a perfeição. E a perfeição não existe. Logo, quando falhamos (e nós vamos falhar!), o que experimentamos é a sensação profunda de fracasso.

 

Este é um ponto essencial para que possamos falar de autoaceitação. Afinal, enquanto ficamos presos a esse paradigma cruel da perfeição, tudo o que nos resta é fracasso e frustração.

 

Em outras palavras, a autoaceitação plena requer que você dê um passo para atrás e assuma profundamente: você não é e nunca será perfeito(a); ainda bem!

 

2) A autoaceitação requer Autoconhecimento e equilíbrio


Agora, chegamos ao segundo ponto importante: a autoaceitação requer, também, que você se conheça por inteiro. Do contrário, sem nem mesmo perceber, as chances são de que será inundado(a) por uma poderosa autoinvalidação baseada numa autocrítica destrutiva.

 

Digo isso porque este é outro comportamento muito comum. A noção de que somos imperfeitos nos leva ao outro extremo e, de repente, não se trata mais disso; é muito pior: nós não servimos para nada.

 

Veja: saber-se imperfeito(a) não é sinônimo de incompetência ou incapacidade. É apenas sinal de humanidade. Assim como você não é bom/boa em esportes, por exemplo, é excelente em matemática. Assim como tem diversas falhas como marido/esposa, por exemplo, tem um dom natural para a maternidade/paternidade.

 

O que eu quero dizer é que está tudo bem não ser bom/boa em tudo. Você não será e, se tiver consciência disso, deixará de lutar em vão – porque está é uma luta perdida.

 

Mas, há, sim, uma batalha essencial à sua frente: a que lhe levará a perceber quais são seus pontos fortes – e como você poderá utilizá-los em seu favor para que se torne, cada dia mais, uma melhor versão de si mesmo(a).

 

Perceba: quando digo que você não será bom em tudo e que esta é uma luta perdida, o que estou propondo é que pare de mirar na perfeição e passe a trabalhar pelo o que é possível. Isso é equilíbrio, e o equilíbrio vem da consciência de si – “não sou bom, mas posso melhorar”.

 

Portanto, se você não é bom em esportes, isso não significa que deve desistir de aprender ou de praticar. Significa, apenas, ajustar suas expectativas: as chances são de que não será um jogador profissional de futebol, mas, quem sabe, poderá aprender, treinar e desenvolver habilidade o suficiente para fazer parte de um time amador… Por que não?

 

3) Por fim, a autoaceitação requer muito, muito amor-próprio


Vou voltar ao meu exemplo inicial: frequentemente, a sensação de frustração, de desmotivação, insegurança, depressão e de ansiedade está relacionada à falta de amor-próprio. Sim, porque, quando não sou capaz de me ver e de me aceitar por inteiro, eu continuo presa ao paradigma da perfeição; e se continuo presa a essa busca vã, fico mais e mais frustrada, desmotivada, deprimida e ansiosa toda vez que percebo as minhas imperfeições.

 

Este é o círculo vicioso em que ficamos presos sempre que não somos capazes de amar a nós mesmos.

 

Desistimos de nós mesmos, de nossas possibilidades, porque estamos sendo absolutamente cruéis nas nossas autocobranças.

 

Por isso é que eu digo que o amor-próprio é, sim, assunto para todos nós. Todos nós merecemos reconhecer, a nós mesmos, como seres únicos e raros, tanto nas nossas falhas, como nos nossos acertos.

 

Então, sempre que tiver de lidar com uma emoção difícil ou negativa, por favor, em primeiro lugar, aceite esses sentimentos. Não tente lutar contra eles, porque, afinal, como todo e qualquer ser humano, você tem o direito de ficar com raiva, de sentir tristeza, desânimo, depressão, enfim…

 

Em segundo lugar, perdoe-se. O perdão é essencial para a autoaceitação. É mesmo, é uma pena, você falhou; mas isso já foi, já passou… O que é que pode fazer de diferente a partir de agora para obter um novo resultado?

 

E em terceiro lugar, ame-se. Trate-se com o mesmo carinho e cuidado que você entrega às suas pessoas queridas. Afinal, muito provavelmente, você não diria a elas as coisas terríveis que diz a si mesmo(a) a seu próprio respeito. Se elas não merecem essa enxurrada de críticas e de cobranças, por que é que você mereceria???

 

Espero que tenha gostado deste artigo!

 

Até a próxima.

Heloísa Capelas
Heloísa Capelas
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CEO do Centro Hoffman, palestrante e autora best seller, é considerada uma das maiores especialistas em Autoconhecimento e Inteligência Emocional do Brasil.

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