Um dos aspectos que mais se transforma positivamente na vida de quem passa pelo Processo Hoffman é a vida amorosa. Independentemente de estarem ou não num relacionamento, os nossos alunos saem do curso prontos e preparados para obter grandes conquistas neste campo. E o verdadeiro motivo pelo qual isso acontece é o fato de que, durante os 7 dias de curso, o que todos aprendem essencialmente é resgatar o amor-próprio.
Mas, antes de continuar, deixe-me esclarecer: amor-próprio é a capacidade de se amar com todo o seu bem e com todo o seu mal, com todos os seus acertos e todos os seus erros. Para mim, a expressão que melhor reflete as pessoas que têm amor-próprio é: “eu sei dos meus valores, reconheço minhas fraquezas, e não perco minha individualidade e integridade: eu sei o que sou, independentemente de fatos e pessoas”.
Acho importante deixar isso bem claro porque, desde a infância, o que temos aprendido e vivido é o amor condicional e condicionado. Lá atrás, o que nossos pais e cuidadores fizeram, essencialmente, foi premiar e reconhecer os nossos acertos, e punir e castigar as nossas falhas. E foi assim que aprendemos o que é amor.
Sendo mais específica, imagino que você também tenha vivido algo assim: toda vez que agia de acordo com o que seus pais e responsáveis esperavam, toda vez que ia bem na escola ou se comportava bem, por exemplo, você recebia algo em troca; talvez um elogio, talvez um presente. Porém, ao contrário, quando fazia algo errado, quando não atendia às expectativas ou desobedecia às regras por eles impostas, recebia algum tipo de castigo.
Pelas salas de aula do Processo Hoffman, passam pessoas que foram penalizadas pelos pais das mais diversas formas: castigos, broncas, cara feia, tristeza, “cantinho da reflexão” e, infelizmente, em muitos casos, tapas, beliscões, puxões de cabelo e até espancamento.
Você pode estar se perguntando o que isso, essa história de infância, tem a ver com sua vida amorosa, e eu lhe digo: tudo.
O que seus pais (e os meus pais!) fizeram, na melhor das intenções, foi nos ensinar que somente éramos dignos do amor quando no acerto, quando no melhor, quando dentro das expectativas… O inverso, ou seja, as falhas, os erros, as incompetências – bem, essas nos tornam indignos de sermos amados. E é nisso que acreditamos até a vida adulta, sem nem mesmo perceber.
Acredite em mim: há muito aprendizado poderoso e negativo incutido no seu inconsciente, escondido por detrás dos gestos que mais lhe causam prejuízos. E enquanto você não abrir os olhos, a mente e o coração para essas crenças internas, infelizmente, os resultados que obtém continuarão os mesmos.
Processo Hoffman e vida amorosa: o que você entende por amor?
O que eu quero lhe mostrar com isso é que, sim, vivemos em sociedade, e a primeira sociedade a qual pertencemos, a nossa família, nos deu parâmetros para que criássemos os paradigmas que influenciam toda a nossa vida. E um dos valores mais fortes que a maioria das pessoas carrega, para si, é que é impossível amar no erro, na falha, e na escuridão. E, não, isso não se aplica apenas ao amor ao próximo; nós, em primeiro lugar, também não nos amamos quando no nosso pior.
Você deve saber do que estou falando. Pense em quantas vezes na vida, e em quantas situações, por puro desamor, acabou boicotando seus projetos, suas missões, seus desejos. Isso é autopunição baseada em um excesso de autocrítica desnecessário. É você, no ápice da falta de amor-próprio, alimentando sua baixa autoestima, sua autoimagem distorcida, seus pensamentos devastadores: “eu não sirvo para nada”; “eu não vou conseguir”; “eu sou incapaz”.
Na falta de amor-próprio, o que nós vivemos é a total dependência do outro. Nós entregamos, ao outro, a responsabilidade de que nos dê todo o amor que não estamos conseguindo oferecer a nós mesmos. Mas, afinal, assim como você, o outro também está no desamor e nessa expectativa! Como é que isso poderia funcionar?
O que quero lhe mostrar é que as pessoas amam como aprenderem a ser amadas. E como foi mesmo que aprendemos? Assim: os acertos são vistos, reconhecidos e premiados; os erros são punidos e castigados. Mas é claro que não fazemos mais como na infância; nós crescemos e elaboramos esse processo.
Hoje, na vida adulta, quando nosso parceiro ou parceira coloca “suas manguinhas de fora”, discorda da nossa opinião ou rompe com nossos combinados, nós os punimos das piores formas: vinganças, traições, separações, enfim… Não é assim que o amor funciona na prática?
Dito isso, o primeiro passo para obter mais felicidade na vida amorosa é responder com total honestidade: na sua infância, o que foi lhe ensinado como “amor”?
Processo Hoffman e vida amorosa: em comunhão com você mesmo(a)!
Sempre reitero que nós, seres humanos, somos seres gregários e relacionais. Isso significa que precisamos do outro para existir, e que não somos animais solitários. No entanto, a maneira como estabelecemos nossas relações é definida por construções sociais. Cada tempo tem seus próprios paradigmas, e esses paradigmas influenciam o nosso comportamento.
No entanto, nós estamos vivendo um momento de transição, em que os paradigmas do passado já não nos cabem, mas ainda não consolidamos totalmente os novos referenciais que adotaremos no futuro. E, claro, enquanto estivermos neste “limbo”, tudo continuará muito confuso.
Ainda assim, uma das mais importantes mudanças no que diz respeito às relações amorosas já está quase que 100% instalada: não aceitamos mais o casamento por obrigação. Nós não somos mais a metade da laranja; somos, agora, laranjas inteiras, dispostas e abertas à possibilidade de ficarmos juntas pela vida.
Em outras palavras, eu não espero mais que meu parceiro ou parceira me complemente ou me complete. Eu não me caso mais porque preciso cumprir uma obrigação social, porque preciso reproduzir, porque quero que alguém me sustente. Eu dou conta de mim e busco alguém que possa viver ao meu lado, não mais na dependência ou na necessidade, mas simplesmente porque quer e assim escolhe!
Esse é o novo jeito de amar. E ele parte de um princípio maravilhoso: a verdade é que inúmeras pessoas podem e vão passar por nossas vidas, mas apenas UMA ficou ao nosso lado o tempo todo, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença… Sim, nós mesmos!!!
Neste novo jeito de amar, nós trocamos o “se me ama, tem que me aceitar como eu sou” por “eu amo a mim mesma, e me aceito como sou; por isso, amo você, e lhe aceito como você é”.
Para ser amado(a), você precisa, antes, ser amável
De volta ao tema desse artigo, o que o Processo Hoffman faz por sua vida amorosa é “impalavrável”, como costumamos dizer durante o curso. Isso porque, durante o treinamento, você compreende perfeitamente que, se você quer um amor para chamar de seu, precisa, antes, se tornar uma pessoa amável, você precisa viver uma vida amorosa de qualidade consigo mesmo(a).
Durante 7 dias, você vai ser convidado(a) a:
Acredite em mim: há muito aprendizado poderoso e negativo incutido no seu inconsciente, escondido por detrás dos gestos que mais lhe causam prejuízos. E enquanto você não abrir os olhos, a mente e o coração para essas crenças internas, infelizmente, os resultados que obtém continuarão os mesmos.
Para encerrar, deixe-me dizer só mais uma coisinha:
Tudo o que você crê, você cria.
Se você não acha que vale a pena investir em você mesmo, que esse papo de amor-próprio não vai levar a nada, bem… Essa será sua realidade. Não é uma pena?
Espero ter lhe ajudado com este conteúdo.
Se quiser saber mais, não deixe de adquirir meus livros, “O Mapa da Felicidade” e “Perdão, a Revolução que Falta”.