Muito além de sua forte relação com a evolução tecnológica, a inovação no ambiente corporativo pode e deve estar também diretamente ligada aos profissionais, no que diz respeito à maneira como se relacionam, como enxergam seu trabalho e desenvolvem as soft skills.
Aliás, podemos nos inovar emocionalmente todos os dias. Isso mesmo! Engana-se que esse seja um processo finito, nossa reinvenção não se dá num estalar de dedos, exige prática, paciência e persistência, por isso, é todo dia mesmo – e esse é também um processo ligado diretamente ao autoconhecimento.
Hoje quero trazer aqui, alguns passos que, se praticados constantemente, nos ajudam a evoluir em muitos aspectos. E não se engane com a simplicidade dos mesmos, o que traz a efetividade da mudança é colocá-los em ação!
Quando nos autoconhecemos, a partir de uma análise mais profunda, entendemos melhor quem somos e onde queremos chegar. Conseguimos identificar sentimentos e comportamentos negativos, muitas vezes repetidos em piloto automático e que podem estar sabotando nosso sucesso.
A inovação emocional é um processo que acontece de dentro para fora. É reciclar nossos padrões comportamentais para buscarmos, continuamente, a melhor versão de nós mesmos.
Pare, pense e respire antes de tomar qualquer atitude. Pensar para respirar é o mesmo que respirar com atenção. E respirar com atenção ajuda a sair do “piloto automático” e tomar consciência de uma ação que pode estar sendo feita sem reflexão. Ou seja, significa dar o primeiro passo para começar a se olhar com outros olhos, para começar a se enxergar com mais profundidade. A respiração consciente ajuda a afastar o estresse, proporciona bem-estar, e estimula habilidades como criatividade, entusiasmo e o raciocínio lógico.
Quem você quer ser como profissional e ser humano, que marca quer deixar? Você deseja ser lembrado como egoísta, inflexível, autoritário, pedante, procrastinador? Tenho certeza que não e que você deseja colocar a sua melhor versão em prática, e deixá-la como legado. Então, para se inovar emocionalmente é necessário reconhecer quais aspectos negativos necessitam ser revistos, aceitar inicialmente que fazem parte de você, mas sem entrar na autocrítica e no julgamento. Há comportamentos que ficam tão enraizados que você nem os percebe, mas, na maioria das vezes, aparecem num impulso e rompem com seus caminhos de crescimento e a possibilidade de construir relações de sucesso.
Ter consciência sobre si e suas emoções é essencial para sua inovação. Não há como jogar para fora de você um comportamento, mas é possível, sim, fazer o que chamo de “reciclagem”. Com a percepção sobre o que não é bom, você escolhe seguir de outra forma, ter uma nova atitude, dar uma nova resposta emocional ao que te acontece, cria novos hábitos e tudo isso significa treinar o autoconhecimento, enfraquecendo o que não é bom e fortalecendo sua melhor versão. Quando você usa o poder de escolha, está colocando em prática a autonomia emocional e a sua autoliderança. Você, primeiro, líder de si mesmo.
Você pode escolher ser positivo, olhar para as circunstâncias sabendo que fácil ou difícil, você terá que superá-las. Os problemas estão aí, mas como posso resolvê-los da melhor maneira possível? Significa colocar em prática a autorresponsabilidade: “o que posso fazer a respeito?” Isso não tem nada a ver com brincar de ser contente, mas sim, encarar a vida com otimismo. Quando você trabalha a favor da positividade, reconhece sim os problemas, mas passa a encontrar meios para seguir e se sustentar. Não teremos controle exato sobre o que acontece fora de nós, mas temos o poder de escolher quais respostas emocionais e comportamentos teremos ao que nos acontece. Esse caminho fortalece nossa capacidade de inovar.
Embora tudo o que seja novo desperte uma certa insegurança pelo medo do desconhecido, quando estamos abertos para as novidades, dizemos sim para a evolução. Seja em termos de novas tecnologias, processos, práticas e como agir de forma diferente e totalmente aberta aos avanços pessoais e profissionais. Esteja aberto para mudar seus paradigmas e a autorreflexão, aceitando o convite para a inovação como seres sociais e humanos.
Bora praticar!!