Nesses mais de 35 anos em que estou à frente do Processo Hoffman, constatei que mentir é um hábito comum a muita gente. Mais que isso, embora muito recorrente, esse comportamento costuma ser tão inconsciente e compulsivo que a maior parte das pessoas nem se dá conta de que está mentindo! Então, hoje, quero propor uma reflexão sobre esse assunto.
Para isso, antes de mais nada, vou lhe fazer uma pergunta e gostaria que respondesse honestamente: você é do tipo que costuma dar desculpas para si mesmo(a) e/ou para os outros? Que no automático, sem nem se dar conta, cria uma lista de justificativas para os próprios erros (e nem todas são 100% verdadeiras)? Se sim, por que é que isso acontece – digo, por qual razão e em quais situações você recorre à mentira?
Em primeiro lugar, quero lhe explicar que mentir para si mesmo é um mecanismo de defesa. Ciente ou não de que está se autoenganando, você o faz para se proteger de alguma verdade, a verdade que não quer enxergar e com a qual não quer lidar porque acredita que ela trará sofrimento. E esse hábito é muito comum, mas, também, perigoso: seja lá qual for o fato que você esconde dentro de si, eventualmente, tudo isso poderá vir à tona causando consequências desastrosas.
Para que possa ilustrar melhor, cito o exemplo de um ex-aluno que, tempos atrás, decidiu se comprometer com um cardápio mais saudável e equilibrado para perder peso. O problema é que, durante o dia, esse ex-aluno dava inúmeras ‘escapadinhas’ do cardápio, mas continuava a dizer para si mesmo e para os outros: “estou firme e forte na minha meta, mas não emagreço, não fico mais saudável, não me sinto melhor”. A quem ele estava enganando? A si? Aos outros? Na verdade, eu me perguntava, será que ele sabia que estava mentindo?
De fato, ele não sabia; logo, necessitou de um longo trabalho para perceber o que estava fazendo consigo, já que mentia sem se dar conta e, consequentemente, sentia-se muito frustrado com os resultados obtidos a partir de sua teórica mudança de hábitos. Como disse há pouco, o processo de autoenganação muitas vezes é inconsciente. Você pode ter absoluta certeza de que está certo, de que algo é verdade, mas será que é mesmo? Com quem e como você desenvolveu essa ‘verdade pronta’? De onde ela veio e por que é que você acredita tanto nisso?
A única forma de tirar a prova é questionar a si mesmo com honestidade. De volta ao meu exemplo, a partir do momento em que ganha consciência de sua autoenganação, você, assim como meu ex-aluno, ganha a chance de fazer diferente. Quando assumiu, para si, que não estava de fato cumprindo as regras de sua dieta, aquele rapaz se viu diante de uma série de novas possibilidades. Ele percebeu que podia rever aquele cardápio, de forma a torná-lo mais palatável ou interessante; que podia efetivamente abraçar a mudança e se comprometer a evitar as ‘escapadas’; ou que podia, ainda, desistir da iniciativa, entre tantas outras opções que se abriram no exato momento em que parou de mentir para si mesmo.
O que acontece, na realidade, é que muitos continuam comprometidos com a autoenganação por medo. Medo de assumirem que estão fazendo errado, de assumirem as próprias falhas e, essencialmente, medo de se verem confrontados por uma iminente necessidade de mudança. Em geral, as pessoas sentem muito medo de mudar, porque, no fundo, acreditam que isso fará com que deixem de ser quem são.
Se esse é seu caso, por favor, acredite: o que você é, de verdade, o que te constitui, nada disso nunca vai desaparecer de você. Agora, os seus comportamentos que lhe trazem prejuízo, esses, sim, podem sumir se você assim quiser. Isso é uma escolha, e uma escolha que pode tornar o que você tem de melhor em algo ainda melhor.
Mentir para si mesmo é um mecanismo de defesa. Ciente ou não de que está se autoenganando, você o faz para se proteger de alguma verdade, a verdade que não quer enxergar e com a qual não quer lidar porque acredita que ela trará sofrimento
O que a mentira causa?
Costumo dizer que o grande prejuízo de mentir –seja para si mesmo, seja para o outro – é negar a si a possibilidade de mudança, de transformação para melhor. Afinal, seja qual for a mentira que você conta, existe uma verdade por detrás dela, escondida e omitida no seu interior. E seja qual for essa verdade, se você faz tanta força para escondê-la, é porque está com medo de revelar seu pior.
Aí, eu digo: seu pior está aí, assim como seu melhor. Ele compõe quem você é e como você é. A perfeição simplesmente não existe. E eu posso afirmar: seu pior está longe de ser tão ruim quanto você acredita que é. Se você o assumir, se você o abraçar e o reconhecer, terá a chance de desenvolvê-lo para que não mais traga impactos negativos para a sua vida. É essa a perda. Não lidar com a verdade significa viver na ilusão, principalmente da perfeição, o que diminui imensamente nossa capacidade de resiliência.
O caminho para que se possa romper com a autoenganação começa pelo autoconhecimento e pelo amor-próprio. Como disse, nem todo mundo sabe que está mentindo para si – e tornar isso consciente é o primeiro passo para a mudança. É preciso olhar para si, com abertura, clareza e profundidade para resgatar as nossas verdades mais profundas, aquelas com as quais não queremos lidar. É necessário identificar nossas verdadeiras habilidades, bem como nossos reais pontos fracos e falhas. E, daí, é indispensável perdoar aos nossos erros e comemorar (muito!) as nossas conquistas, nossas habilidades e, enfim, celebrar esse ser único no qual nos tornamos.
Quer ajuda para começar? Então, elimine essas 4 frases do seu dia a dia!
Frases como essa costumam ser ditas por pessoas que têm dificuldade em se dedicar a si mesmas, então, resgate seu amor-próprio. Organize seu tempo e lembre-se: a responsabilidade por cuidar da sua saúde é sua, somente sua! Tire as desculpas da sua frente, porque elas perpetuam a mediocridade, e assuma as rédeas da sua vida: você tem tudo para ser extraordinário!
Lidar melhor com dinheiro também requer organização e autorresponsabilidade. Para começar, fique atento à forma como se relaciona com seu dinheiro. Ele nunca para na sua mão, por exemplo? Busque informações para se educar financeiramente e mudar de comportamento. Pegue-se pelo colarinho a partir de já, agora, e crie uma estratégia para poupar e investir. Não existe mágica e você é a pessoa que mais, de verdade, pode fazer por si mesmo.
Sou autora do livro “O Mapa da Felicidade“, sucesso de vendas no Brasil, e posso lhe garantir: quando você encontra a positividade em você, abrem-se possibilidades de felicidade permanentes. Isso significa que, antes de ser “feliz”, é importante que você seja positivo. Ser positivo lhe mantém com abertura para que possa ver, inclusive na adversidade, oportunidades reais e criativas de mudança. E se há momentos em que você terá de chorar, chore, mas depois siga em frente com autoconfiança e com o olhar para as coisas boas. Quem coloca foco no positivo encontra coisas positivas. Quem coloca foco no negativo e na impossibilidade, adivinha o que encontra?
Evite generalizações sobre qualquer assunto, inclusive sua vida amorosa. Até porque, quando algo vai mal nos relacionamentos, nós tendemos a piorar muito o cenário. Dizemos que estamos solteiros porque não encontramos alguém legal (quando, na verdade, somos nós mesmos que impossibilitamos as pessoas ‘legais’ de se aproximarem); dizemos que nossa última relação foi SEMPRE muito ruim, quando, na realidade, só o final foi turbulento. O que quero esclarecer é que essas generalizações concretizam uma realidade e uma crença que quase nunca correspondem à realidade. Então, mais uma vez, é importante ponderar e avaliar o que se passou e se passa de forma honesta, sem exagerar na autocrítica.
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Espero que essa leitura tenha lhe ajudado.