Muito se fala sobre liderança humanizada e, felizmente, o tema vem ganhando espaço em ambientes profissionais, educacionais e sociais. Mas por trás desse conceito, é preciso haver uma prática real. Porque liderança humanizada não é um estilo de gestão. É uma forma de viver e ela começa, essencialmente, no relacionamento que você tem consigo mesmo.
Antes de liderar pessoas, resultados ou projetos, é preciso saber como você lida com suas próprias emoções, pensamentos e decisões. É preciso liderar a si mesmo.
Esse é o ponto de partida. O quanto você se interessa por si? Que padrões de comportamento regem suas decisões? Como você se escuta? Como reage às próprias vulnerabilidades? O quanto está presente para si?
Liderar de maneira mais humana exige, primeiro, olhar para dentro. Reconhecer a própria humanidade, acessar potências e, talvez o mais difícil, acolher fragilidades. A autoliderança nasce daí.
Não de um ideal de perfeição, mas da disposição de se conhecer, de se aceitar, transformar e de agir com consciência.
Quanto mais você se conhece, quanto mais entende seus próprios padrões emocionais, mais capacidade tem de lidar com conflitos e adversidades. E quanto mais se escuta, mais profundamente consegue escutar o outro e criar conexões que inspiram.
O que chamamos de liderança humanizada, na prática, é o reflexo de um humano que se permite ser inteiro. Que é autorresponsável e lidera a partir de sua autenticidade.
Esse caminho não está restrito a cargos ou funções. Está disponível a qualquer pessoa que decida fazer esse movimento. Porque não importa em que momento da vida você está, o que mais importa é o passo que decide dar hoje.
Tudo começa no autoconhecimento e esta é uma estrada de constância na vida.